Ao contrário do que muitos pensam, a vitamina D é, além de um nutriente essencial, um hormônio muito importante que participa da regulação da absorção de cálcio pelos ossos. Para tornar-se um hormônio biologicamente ativo, a vitamina D passa por um processo de hidroxilação (metabólico) no fígado e nos rins, dando origem ao calcitriol. Diferente de outros nutrientes, a vitamina D pode ser sintetizada pelo organismo a partir de uma reação fotossintética através da exposição da pele à luz solar, sendo esta sua principal forma de obtenção.
A dieta também é um meio de aquisição, porém em menor quantidade, tendo em vista sua escassa distribuição nos alimentos. Entre estes, podemos citar o óleo de fígado de peixe, sardinha, salmão, atum e gema de ovo.
A deficiência de vitamina D pode ser considerada um problema de saúde pública em populações de todo o mundo e tem sido associada com diversas doenças, como câncer, diabetes, esclerose múltipla e hipertensão.
A vitamina D participa de diversos mecanismos metabólicos relacionados à melhora da imunidade, no entanto, quando em níveis sanguineos adequados, sua suplementação não interfere nos processos de defesa às infecções, desta forma, não devemos indicar sua suplementação para esse fim.
Os valores de referência para os níveis recomendados de vitamina D estão descritos a seguir.
*Valores de referência*
Acima de 20 ng/mL: valor desejável para população saudável (até 60 anos);
Entre 30 e 60 ng/mL: é o valor recomendado para grupos de risco como: idosos, gestantes, lactantes, pacientes com raquitismo/osteomalácia, osteoporose, pacientes com história de quedas e fraturas, causas secundárias de osteoporose (doenças e medicações), hiperparatiroidismo, doenças inflamatórias, doenças autoimunes, doença renal crônica e síndromes de má absorção (clínicas ou pós-cirúrgicas);
Acima de 100 ng/mL: risco de toxicidade e hipercalcemia.
De acordo com o Institute of Medicine, a ingestão dietética recomendada é de 15 µg ou 600 UI por dia para indivíduos com idade entre 9 e 70 anos.
Apesar da atual epidemia de carência de vitamina D, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia não indica a suplementação generalizada para toda a população.  A intervenção somente é indicada para os grupos de risco e casos de hipovitaminose.
A forma mais utilizada de vitamina D para tratamento e suplementação é o colecalciferol ou D3, estando disponíveis no mercado tanto em gota como em cápsulas e comprimidos. A quantidade recomendada varia de acordo com o grau de deficiência e os medicamentos oferecem em suas composições diferentes dosagens, chegando até em valores de 50.000 UI por dose.